24/06/2009

Lisboa em palavras.

Posted in Portugal às 10:38 por ideiasdelirantes

Há dias estava eu a folhear uma revista que elegia as 50 melhores esplanadas de Lisboa e referia que, sem elas e sem o Tejo, Lisboa não era nada.

Não me lembro a certo do nome da revista mas acho que tem toda a razão. Qual é o país, da Europa que tem a particularidade do rio Tejo e de umas boas esplanadas à sua margem? Qual é o país em que se pode apanhar um escaldão numa esplanada a beber a melhor imperial fresca? Qual?

Quando venho de Aljezur, o que mais me agrada em toda a viagem é a chegada da ponte 25 de Abril (não a Vasco da Gama) e ver as margens de Lisboa, com o sol sempre reflectido no rio. Imagem mais bela não existe e compensa toda a seca de viagem.

Adoro Lisboa mas não adoro o stress que me traz. Odeio os carros, o trânsito, as apitadelas e os refilanços stressados dos condutores sempre cheios de pressa. Odeio.

Lisboa seria perfeita sem isso, Lisboa seria perfeita se todos nós usássemos menos o carro, andassemos mais de transportes, ou, pelo menos, dividíssemos mais o carro com outras pessoas, de modo a diminuir a concentração de carros que existe. Para quê dois a três carros por família?

Acho engraçado que todos falam da crise, ninguém tem dinheiro para nada mas para a gasolina há sempre dinheiro. Que tal poupar na gasolina e pagar um passe de transportes públicos? Para além de poupar na gasolina poupava-se na poluição que esta tremenda concentração de carros nos traz. Carros são o cancro de Lisboa, ah são. Ah e as construções desorganizadas à volta de Lisboa, cada espaço verde é um prédio. Porquê? Não tem Lisboa já demasiada gente a viver? O mercado está cheio minha gente, saturado, que tal começar a dispersar, pelo bem de todos nós?

Ordenação, menos carros, por favor. Ou eu viverei fora de Lisboa assim que poder e só virei para descanso.

Não queria deixar a minha alma alfacinha de gema mas no estado em que isto anda penso que será uma bela opção.

Adoro Lisboa. Adoro a nossa história, adoro a parte antiga, adoro a baixa lisboeta, adoro o castelo, adoro todos os seus miradouros com namorados a manifestar o seu amor. Adoro mesmo todos os pedaços de história que a nossa cidade tem, misturados com a vista do rio que mais parece o mar, adoro essa mistura, adoro essa junção e adoro a vida que isso traz à cidade. O rio e a história são Lisboa.

27/01/2009

Forma de Protesto

Posted in Portugal às 11:27 por ideiasdelirantes

Como forma de protesto a esta República das Bananas, aconselho a todos a, nas próximas eleições, votarem em branco.

Desejo ainda que Sócrates seja apanhado no caso freeport (ainda tenho na ingenuidade que este caso não venha a ser prescrito/abafado pois a esperança é sempre a última a morrer) e que esses portugueses que ainda o acham um bom PM se desiludam com ele tal como a maioria de nós já se desiludiu há muito tempo.

Que tudo venha a ser posto em pratos limpos, que eles sejam retirados do governo antes de tempo. (coisa que não acredito muito porque Cavaco parece que anda a dormir)

23/01/2009

Portugal, um país “democrático”

Posted in Portugal às 13:30 por ideiasdelirantes

Hoje foi, mais uma vez chumbada a proposta de suspensão da avaliação dos professores apenas por dois votos.Isto acontece porque o PS tem maioria absoluta, o que se tem vindo a mostrar mais de “ditadura”.

Neste momento penso que países como o Brasil serão mais desenvolvidos que nós, que desculpa é essa de sermos um país periférico?O problema não está na nossa localização mas sim na nossa mentalidade mesquinha e medrosa.

Todas as informações apontam para que este governo seja tudo menos de esquerda ou democrático.Para mim, a esquerda e a direita não existem neste momento, no nosso país!Existe um partido com maioria absoluta e outros que tentam fazer-lhe frente.Parece que estamos mesmo numa ditadura, só não sei se comunista ou fascista, acho que nem uma nem outra, é uma era moderna das ditaduras.Uma fase em que nenhum país se pode assumir completamente como ditaturial mas é.Tudo é abafado, tudo é comprado.

Já se percebeu que esta avaliação dos professores não funciona, esta insistência é só por parte do PS para se manterem autoritários e com ideias fixas, pensam que assim serão mais respeitados e ganhar as próximas eleições.

Ganhar eles ganham porque não há oposição forte, só espero é que não tenham outra vez maioria absoluta.Minha gente, já se entendeu que nem a ministra nem o PM têm razão nesta teimosia toda, porque raio continuar a apoiá-los?

Tenho um desejo cada vez maior: que todos os jovens da minha idade se juntem, se informem e informem os outros sem termos de nos alistar a um partido para tal; porque os partidos acabam por ser todos iguais quando chegam ao governo.

Estou mesmo farta deste cinismo e desta farsa.Mesmo.

19/01/2009

“A senhora já devia saber quando é que o Sporting joga!”

Posted in Portugal tagged às 14:42 por ideiasdelirantes

Vivo no bairro de Telheiras, em Lisboa, que se situa a uma estação de metro do estádio do Sporting e, sempre que existem lá jogos são os moradores que sofrem pois todos estacionam aqui perto para seguirem caminho a pé.

Então o que se passa?Sempre que há jogo a Polícia Municipal ronda Telheiras à procura de carros mal estacionados para multar/bloquear/rebocar e não é que são quase todos dignos de tal?Mesmo em lugares que no dia-a-dia nada acontece, nesse dia são multadíssimos.

Qual a conclusão?sabe-se que são obrigados a passar um X número de multas e, nada melhor que um dia de jogo para “multar o pessoal” de modo a que o Estado receba dinheiro, bela maneira de resolver a crise!

A polícia não é culpada, apenas cumpre ordens da Câmara Municipal e até têm a decência de nos dizer que é SÓ mesmo nos dias de jogos que cá vêm.Neste momento até tenho um calendário em casa para me informar ( e sou do Benfica).

Eu não acho mal que se repreenda infractores, apenas acho mal que seja em dias específicos porque sabem que há mais gente; a ser feito, devia ser realizado em qualquer dia e não só em dias de jogos, às claras e admitindo!

Como respeitar a Polícia, a Lei, o Estado, perante mais uma calúnia destas?

17/01/2009

Grito da revolta

Posted in Portugal às 16:40 por ideiasdelirantes

Neste país que já grande foi, entristece-me a ignorância do seu povo;entristece-me que aceitem apenas aquilo que os telejornais lhes mostram para se informarem (que, por sua vez, estão comprados); entristece-me quando não se percebe aquilo que se passa à nossa volta nem se faz nada para se perceber; entristece-me quando pessoas da minha idade (22 anos) não se interessem um mínimo por política, não sejam recenseados e digam apenas que “é uma seca”; mas por um lado compreêndo-os.Alguém faz alguma coisa para incentivar a população jovem para a política?

Existirá mesmo política neste país?Não será tudo uma cambada de mafiosos que fingem ser políticos?Quem pode, alguma vez, acreditar no que dizem quando vestem fatos ARMANI e são nomeados o 6º mais bem vestido do mundo?

Quando o país que governa está em crise e os seus ministros Lhe oferecem um cheque de 2000 e tal euros para gastar em roupa?será isto respeitoso?Será isto de fazer os jovens interessarem-se?será assim que surgirá uma nova geração com vontade de lutar e fazer deste país um país digno?

Triste fico eu quando olho a nossa História e ninguém se lembre o quão bons podemos ser, o quão respeitados podemos ser.Porquê esta baixa Auto Estima portuguesa?Está na hora de uma revolta, está sim, está na hora de um grito.

Por favor, vamos dignificar as nossas mentes, a nossa inteligência e pensar no futuro deste país.O que será este país para os nossos filhos?e para os nossos netos?Nem consigo imaginar…

06/01/2009

Recebi o seguinte texto de Ricardo Araújo Pereira por mail…

Posted in Portugal às 15:15 por ideiasdelirantes

 …e não tenho nada a acrescentar às suas palavras sábias:


 

Opinião

A crise está em crise


A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado
 

Ou estou fortemente enganado (o que sucede, aliás, com uma frequência notável), ou a história de Portugal é decalcada da história de Pedro e o Lobo, com uma pequena alteração: em vez de Pedro e o Lobo, é Pedro e a Crise.
 

 De acordo com os especialistas – e para surpresa de todos os leigos, completamente inconscientes de que tal cenário fosse possível – Portugal está mergulhado numa profunda crise. Ao que parece, 2009 vai ser mesmo complicado.
 

 O problema é que 2008 já foi bastante difícil. E, no final de 2006, o empresário Pedro Ferraz da Costa avisava no Diário de Notícias que 2007 não iria ser fácil. O que, evidentemente, se verificou, e nem era assim tão difícil de prever tendo em conta que, em 2006, analistas já detectavam que o País estava em crise. Em Setembro de 2005, Marques Mendes, então presidente do PSD, desafiou o primeiro-ministro para ir ao Parlamento debater a crise económica. Nada disto era surpreendente na medida em que, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, entre 2004 e 2005, o nível de endividamento das famílias portuguesas aumentou de 78% para 84,2% do PIB. O grande problema de 2004 era um prolongamento da grave crise de 2003, ano em que a economia portuguesa regrediu 0,8% e a ministra das Finanças não teve outro remédio senão voltar a pedir contenção. Pior que 2003, só talvez 2002, que nos deixou, como herança, o maior défice orçamental da Europa, provavelmente em consequência da crise de 2001, na sequência dos ataques terroristas aos Estados Unidos. No entanto, segundo o professor Abel M. Mateus, a economia portuguesa já se encontrava em crise antes do 11 de Setembro.
 

 A verdade é que, tirando aqueles seis meses da década de 90 em que chegaram uns milhões valentes vindos da União Europeia, eu não me lembro de Portugal não estar em crise. Por isso, acredito que a crise do ano que vem seja violenta. Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins.  Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento. Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado.
 

 É tempo de reconhecer o mérito e agradecer a governos atrás de governos que fizeram tudo o que era possível para não habituar mal os portugueses. A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado. Agora, somos o povo da Europa que está mais bem preparado para fazer face às dificuldades.

05/01/2009

Entrevista a Sócrates na Sic

Posted in Portugal às 21:57 por ideiasdelirantes

socrates2006-2Porque é que nunca niguém se lembrou de atirar sapatos ao Sócrates?

20/12/2008

Avaliação dos Professores

Posted in Portugal tagged às 13:27 por ideiasdelirantes

Sendo eu filha de uma professora, não posso compactuar com muitas coisas que leio ou ouço.

Tudo aquilo que leio contra os professores e o seu protesto, é de quem não se interessa sequer pelos seus motivos e apenas quer encontrar culpados para o estado do país.

Porquê este protesto tão grande?

Antes de mais, há que informar os que estão mais de fora que sempre existiu avaliação dos professores, por isso aquilo que se houve por aí muitas vezes, que os professores não querem é ser avaliados ou que não querem trabalhar, é completamente errado.

Já pensaram que todos as manifestações feitas foram a um sábado para não prejudicar o normal funcionamento das aulas?as greves semanais apenas começaram quando o governo se mostrou inflexível às suas razões e tentativas de negociação.

Porquê é que a suspensão deste modelo é tão necessária para que exista uma negociação?Não é de difícil compreensão: porque é a única forma de se colocar em cima da mesa todas as opções e analisá-las.

Os professores querem ser avaliados mas não com este modelo de avaliação.Já pensaram o que é serem avaliados por pessoas menos experientes que vocês?

O que mais une os docentes é a maneira como é feita a divisão das carreiras: “professores titulares e professores, atribuindo aos primeiros a competência de avaliar os segundos”.

Passo a citar a forma de como este processo é feito, descrita por uma professora experiente: “Sou professora há 27 anos .Do meu curriculum consta: Orientadora de Estágio de Língua Portuguesa, Coordenadora de Equipa de Educação Especial, Coordenadora do Departamento de Línguas, Coordenadora de Projecto de Curriculum Alternativo, Directora de Turma(…).Para além dos cargos e, para mim, o mais importante, muitos anos de dedicação, dos quais guardo “declarações de amor”, espero que eles sintam que foi e será sempre retribuído. (…)

Não sou professora titular porque, no célebre curso para ascender a esse “título” , apenas foram contemplados 7anos do curriculum docente.Desde há uns anos para cá que tenho optado pelo cargo de Directora de Turma, por ser aquele que mais me gratifica, pela proximidade. Em concurso, este era o cargo menos pontuado.
 
A colega que passou a titular e que tem actualmente a função de me avaliar tem seguramente o mesmo mérito que eu, mas desempenhava o cargo de Coordenadora do Departamento de Línguas aquando do concurso.
Caso este modelo fosse aplicado na minha escola, ela seria avaliada apenas na compoente funcional ( assiduidade, projectos da escola) e eu seria avaliada, por ela, na componente científico-pedagógica ( porque sou professora e, aparentemente, ela não o é, embora dê aulas tal como eu) além da dita componente funcional.

Poderá pensar-se que eu gostaria de ser titular e avaliar colegas. Nada de mais errado! No meio desta balbúrdia, prefiro não ter que estar no lugar, imerecido, de contribuir, através da minha nota, para uma mais ou menos rápida progressão da carreira de colegas que estão ao mesmo nível que eu! (…)”

Será isto justo?digno?justificável?Será que o que os professores não querem mesmo é ser avaliados ou trabalhar?

17/12/2008

O futuro

Posted in Portugal tagged às 22:37 por ideiasdelirantes

Toda a vida fui ensinada a lutar pelos meus direitos, a não aceitar que nos desrespeitem.

À medida que fui crescendo, apercebi-me de que isso não seria tarefa fácil devido à incompetência e falta de iniciativa de outrem.Porém, decidi que não iria baixar os braços e que iria fazer o que estivesse ao meu alcance para ver esses direitos concretizados.

Cada vez mais encaro a realidade do nosso país como ela é: um país de gente queixosa mas submissa; como poderemos ser olhados com respeito pelos “grandes”?

Fico triste ao ver o desespero de um país que outrora foi grandioso; no qual os seus governantes não olham a meios para atingir fins; no qual o seu povo chora e não vê futuro; no qual os jovens emigram e não pensam regressar.

O que será que o futuro reserva a este país à beira mar plantado?

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